segunda-feira, 29 de novembro de 2010

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Voto Serra por quê...

#VotoSerraPq:



Vídeo feito por estudantes da Universidade de Brasília (UnB) pertencentes ao grupo Brasil e Desenvolvimento.

Aos eleitores da Dilma, mais um motivo pra vocês rirem...
Aos eleitores do Serra, mais uma coisa pra vocês ficarem com raiva...

E para aqueles que estão pensando seriamente em votar nulo para presidente (como eu), apenas atentem para o fato que mesmo um grupo de estudantes universitários fazendo um vídeo de humor consegue ser mais civilizado que os marketeiros que produzem as baixarias que temos que aguentar!!!

É Brasil, você já era...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Eleições 2010 - O quadro (apocalíptico) do DF

O vídeo abaixo mostra uma verdadeira tragi-comédia: os "melhores momentos" de Welian Roriz, a mulher-laranja do coronel ficha suja do cerrado, no último debate televisivo antes da eleições:



O despreparo da candidata é cômico (duvido que alguém, por mais sério que seje, assista este vídeo sem rir da situação) e ao mesmo tempo trágico, visto que esta figura caricata à lá Tiririca está em 2º lugar das pesquisas e se aproximando do líder, Agnelo Queiroz (PT).

A situação dos condidatos ao GDF é tão bizarra que este debate virou motivo de chacota em todo o país, sendo inclusive comentado em programas de rádio do distante Rio Grande do Sul!Sem dúvida é decepcionante (pra não dizer revoltante!) o ponto a que a política chegou em Brasília! Se é isto que 26% da população do DF quer para si, temo pelo futuro desta cidade...

Encerro esta postagem com os comentários de Maurício Ricardo, humorista responsável pelo Charges.com.br:

"Pois é. O Brasil foi poupado dessas pérolas, que acabaram restritas ao Distrito Federal. Mas o enorme eleitorado do Roriz (mesmo com aquela trajetória cheia de lama) e a presença absurda da folclórica esposa dele como candidata laranja de última hora são o símbolo mais acabado - ou mal acabado - do que virou a política no Brasil. Pra mim essas eleições entram pra história como o ano em que o povo inteiro se cansou da podridão e ligou o f(*)-se. Espero que tenha volta."

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Eleições 2010 - Frases da semana em Brasília

"Já tínhamos a mulher-pêra, a mulher-melão, a mulher-melancia... agora o Roriz lança a mulher-laranja"

"Quando o Tiririca lançou o seu slogan 'pior do que tá não fica' o Roriz ainda não tinha anunciado a candidatura de sua mulher!"

terça-feira, 20 de julho de 2010

Visões do Brasil

VEJAM O QUE UMA ESCRITORA HOLANDESA FALOU DO BRASIL
 
Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado.
Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do  serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado. 

Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o
sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.

Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas
enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.

Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.

Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e
qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de 'Como conquistar o Cliente'.

Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos..

Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa. 

Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.

Os dados são da Antropos Consulting:

1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.

2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.

3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.

4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.

5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.

6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.

7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.

8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.

Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas..

10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO-9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.

11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos. 

Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?

1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano? 

2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?

3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?

4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?

5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?

6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?

7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?

Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando. 

É! O Brasil é um país abençoado de fato.
Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.





Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques. 
 
Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.
 
Bendita seja, pátria amada, mãe gentil chamada
 
BRASIL!!!!
 

Divulgue esta mensagem para o máximo de pessoas que você puder. Com essa atitude, talvez não consigamos mudar o modo de pensar de cada brasileiro, mas ao ler estas palavras irá, pelo menos, por alguns momentos, refletir e se
orgulhar de ser BRASILEIRO!!

domingo, 18 de julho de 2010

Brasília é única - Porquê vivemos em uma cidade tão especial


por Penny Lane
17 de julho, 2010
Foto: Breno Fortes

Depois da polêmica causada pelo post sobre as pessoas que pedem Lady Gaga em festas de rock, viramos notícia em vários meios de comunicação. Um dos mais acessados blogs sobre rock do país, o Popload,comandado pelo jornalista Lúcio Ribeiro (http://colunistas.ig.com.br/lucioribeiro), não só acrescentou tempero à polêmica como também resumiu, de forma sucinta, o porquê da nossa cidade ser tão especial. Vamos aos pontos:

* Segundo Lúcio, Brasília é a cidade que o Eduardo Palandi escolheu para morar. Ele não foi mandado para cá. Ele escolheu Brasília!

* Os DJs de rock da capital federal armaram recentemente um levante sério e documentado contra as músicas da Lady Gaga nas festas. São contra a Lady Gaga e contra as pessoas que aparecem para pedir Lady Gaga para o DJ.

* Ayres Britto, ministro do Supremo, escreveu para a página 3 da Folha de S.Paulo sobre… um ano da morte do Michael Jackson.

* O deputado Cyro Gomes, ex-ministro da Fazenda, não sai do Velvet Pub, uma espécie de clube Vegas candango.

* Brasília tem a única loja Burberry da América do Sul. Fica ali no recém-inaugurado shopping Iguatemi, ali entre a Louis Vuitton e a Zegna.

* É onde atua o “governador do metal”. Brasília é tão pop que é comandada por um… metaleiro. Rogério Rosso, que se tornou governador depois que José Roberto Arruda foi afastado, toca baixo, guitarra e teclados, gravando com o nome de R. Schumann (seu nome do meio). Sua preferência é pelo hard rock de Whitesnake e Deep Purple, entre outros, e o posto de governador atrapalhou um de seus projetos pop: um vídeo com bandas brasilienses tocando suas composições, que seria lançado nas comemorações dos 50 anos de Brasília, em abril. Em maio, quando da morte do ex-Black Sabbath Ronnie James Dio, Rosso quis decretar luto oficial no Distrito Federal, e só não o fez por alegar impedimentos legais. Mas enviou a seus seguidores no twitter (@Rogerio_Rosso) um vídeo de uma de suas bandas, o Brasília Magical Journey – que descreveu como “um épico do metal candango”.

* Brasília tem um time de futebol “sério” chamado Legião F.C., homenagem à banda Legião Urbana. A agremiação está na segunda divisão e já jogou a série C do Brasileirão.

* E na volta da série B do Brasileirão, o Brasiliense estreou a primeira camisa punk rock da história. Cheia de caveiras, citações ao grupo Misfits, famosa banda de horror punk da qual a idealizadora da camisa do Brasiliense é fã. A idéia do clube é aproximar o time do público jovem da “cidade do rock”.

Pensando em tudo isso é que tenho a certeza de que vivemos numa cidade diferente, com pessoas que, de uma forma ou de outra, vivem em um ambiente que exala manifestações artíticas e culturais. E não, não temos medo de "ir contra a maré" e avisar que não é bom pedir certas músicas de estrelas pop "famosérrimas" em festas de rock´n roll, assim como não invadiremos as festas pop e eletrônicas com nossos Slayers, Metallicas e Velvet Undergrounds. Brasília é pra todos, basta encontrar sua turma.

PS: Lúcio Ribeiro é jornalista de cultura pop. Edita o Popload e é colunista do “Caderno 2″ (Estadão), da MTV, das revistas “Capricho” e “Homem Vogue”. É curador do festival Popload Gig, já na terceira edição, e DJ residente dos clubes Vegas e Lions, além de viajar o Brasil tocando em festas de rock.

Fonte: Rock Brasília - www.rockbrasilia.com.br

"Nove" - Documentário sobre o Beirute e a 109 Sul

Documentário sobre a quadra e o bar que concentram a efervecência de Brasília desde a inauguração da capital.







Para os "velhos" se lembrarem de um dos lugares mais marcantes de Brasília e para os "novos" aprenderem um pouco mais da história da cidade...



sábado, 26 de junho de 2010

Rússia: Eterna Arqui-Inimiga do Ocidente - Parte I: retratos da Rússia na indústria cultural ocidental


 Esta é uma nova série de postagens do ESPAÇO LIVRE dedicada à examinar a visão  que se tem da Rússia no Ocidente, em especial nos EUA e na União Européia e como este fenômeno tem afetado as relações destes países com a Rússia.
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No jogo de tiro em primeira pessoa Call of Duty: Modern Warfare (Infiniti Ward/Activison, 2008) a geopolítica mundial apresenta um grau consideravelmente mais tenso que o atual (se é que isto é possível), quando fuzileiros navais norte-americanos invadem um país na região do Golfo Persíco (cujo nome não é mencionado) onde um golpe de Estado resulta na execução do presidente e na tomada do poder por radicais com discurso claramente anti-ocidental (qualquer semelhança com fatos da realidade é mera coincidência...). A invasão dos marines é freada quando um artefato nuclear (em bom português, uma bomba atômica) é detonada na capital do país, matando dezenas de milhares de militares dos EUA. A origem do artefato? Material nuclear russo extraído das ruínas de Chernobyl por lideranças ultra-nacionalistas daquele país. Mas isso é apenas o começo. Em meio à trama, na qual tropas SAS britânicas aos poucos desvendam a verdade por trás de tudo e vão atrás dos responsáveis, os mesmos ultra-nacionalistas russos assumem o controle de um silo de mísseis balísticos, lançando dois mísseis (cada um armado com seis ogivas nucleares) em direção à costa leste dos EUA. O resto é simplesmente enredo de jogos de ação.

No filme Homem de Ferro 2 (EUA, 2010), o empresário Tony Stark, conhecido mundialmente como o Homem de Ferro graças ao seu traje de alta tecnologia, finalmente encontra um adversário à altura, o físico russo Ivan Vancko. Este indivíduo ao mesmo tempo genial e diabólico tem como único objetivo destuir Stark e seu legado. Para esse fim, Vancko consegue replicar a tecnologia do Homem de Ferro e (o que é pior) aperfeiçoá-la. Um único confronto entre "mocinho" e "bandido" é o suficiente para alarmar o governo norte-americano com a possibilidade de que tal tecnologia caia nas mãos erradas e ameace a sua segurança nacional. O resto é mais uma trama de filmes de ação baseados em historias em quadrinhos.
No seriado 24 Horas - sabiamente considerado por muitos críticos a maior expressão da mentalidade norte-americana pós-11 de setembro - o agende federal Jack Bauer se depara com situações em que a segurança dos EUA e de seus cidadãos é ameaçada por todos os tipos de inimigos implacáveis. Os tipos favoritos incluem os já esperados terroristas radicais islâmicos e outros inimigos de nacionalidade russa, como ex-militares soviéticos e separatistas. Quase sempre estes inimigos são guiados por sentimentos de vingança contra os EUA pelo que foi feito a seus países. O resto é televisão.

O que todos estes produtos da indústria cultural norte-americana têm em comum? 

Todos sabem que os norte-americanos costumam retratar seus inimigos (ou ao menos aqueles a quem eles encaram como inimigos) como vilões de seus filmes, séries de televisão e outras produções culturais. Isto não é novidade, visto que antes mesmo da Guerra Fria já se percebia tal fenômeno. Qual a explicação lógica, então, para a fixação atual com os russos?

Um olhar mais atento ao primeiro parágrafo já permite uma pista. Em 2008, um conflito militar de grandes proporções envolvendo a gigante Rússia e a anã Georgia tomou conta dos noticiários em agosto. Tal fenômeno simplesmente chocou o Ocidente. Tratava-se da maior investida militar russa desde a invasão do Afeganistão pela extinta União Soviética nos anos 1980. Por trás  de toda a diplomacia e toda a política que se deu no momento estava uma mensagem quase subliminar dos russos direcionada ao Ocidente, em especial aos EUA e a seus aliados europeus da OTAN: não mexam com a Rússia!
Este é o mais recente capítulo de uma novela de medo e desconfiança dos russos por parte dos povos do Ocidente cujo começo, difetentemente do que possa aparentar, se encontra muito antes da Guerra Fria ou mesmo da ocorrência da Revolução Russa de 1917. 

O fato é que os Russos tiveram sua paciência esgotada em 2008 ao ver a Georgia, uma minúscula ex-república soviética rica em gás natural do Cáucaso, flertar com o poder ocidental após iniciar seu processo de admissão à Aliança Atlântica liderada pelos EUA. Com sua manobra militar, a Rússia deixou claro ao Ocidente que, mesmo depois das crises enfrentadas após o fim da URSS, a Rússia continua um ator político internacional de peso global, capaz de rivalizar com os EUA, especialmente quando sua esfera de influência mais próxima é ameaçada. 

Será este o prelúdio de uma "nova Guerra Fria"? E o que nós brasileiros temos a ver com isso tudo? 

A resposta, ou melhor, as "pistas", virão nas próximas postagens neste espaço...

Luiz Gustavo Aversa Franco
Brasília, DF - 26 de junho de 2010

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Torcer pelo Brasil

Uma reflexão oportuna para o clima de Copa do Mundo:

"Torcer pelo Brasil é muito mais que beber todas em jogos da Seleção Brasileira. Torcer pelo Brasil é:

- Respeitar o vizinho
- Votar com responsabilidade e sem segundos interesses
- Não querer levar vantagem em tudo
Não seria muito mais importante mostrarmos o patriotismo na época das eleições? Pense nisso."

(Paulo Prieto - Brasília - DF)



Vamos torcer pelo Brasil? Então seja um bom cidadão, um torcedor elouqüente e um eleitor consciente! 

Torça pelo Brasil com a cabeça e com o coração! Seja crítico na hora de ser crítico, orgulhe-se na hora de se orgulhar!

E quando a seleção canarinho entrar em campo, não se envergonhe de entoar o Hino Nacional a plenos pulmões, não se envergonhe de se emocionar ao fazê-lo e seja sincero ao gritar "eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor"!

Mas não guarde esse sentimento para a Copa do Mundo ou para datas especiais somente. Mostre o amor por seu país, por sua bandeira e por seu hino todos os dias!

PARA A FRENTE BRASIL!!! 

terça-feira, 22 de junho de 2010

Um Sábado Qualquer - Como (não) chegar à paz 2


Melhor explicação pra questão do Irã impossível...

Observação: Alguém ainda duvida que os EUA estão preparando uma ofensiva para o Irã? Esperem e verão... 

*Não consegui ajustar a visualização do blog. Para ver a charge inteira, clique na figura.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Piada internacional do dia

Piada que ouvi de minha colega Isabela Garcia:

A ONU resolveu fazer uma grande pesquisa mundial. A pergunta era: "Por favor, diga honestamente, qual sua opinião sobre a escassez de alimentos no resto do mundo".

O resultado foi desastroso. Um total fracasso.

Os europeus não entenderam o que é "escassez".
Os africanos não sabiam o que era "alimento".
Os argentinos não sabiam o significado de "por favor".
Os norte-americanos perguntaram o significado de "o resto do mundo".
Os cubanos estranharam e pediram maiores explicações sobre "opinião".
E o congresso brasileiro ainda está debatendo sobre o que é "honestidade".

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Charge: Al-Qaeda no tráfico

Terrorismo, narcotráfico, segurança internacional e política externa brasileira ... tudo isso em uma charge de Maurício Ricardo:

domingo, 23 de maio de 2010

Poema: Nasci em Brasília...

"Nasci em Brasília
 Passeio por eixos
 Vivo em uma asa
 Minha cidade é
 um monumento a
 céu aberto"

Luiza Bianchetti
 

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Vídeo: Causas...

Trabalho, globalização, produção, meio-ambiente, mídia internacional, grandes corporações, interesses externos, corrupção, pobreza, golpes de Estado, escândalos políticos, intervenção armada, mudança climática, interdependência... tudo relacionado em apenas 3min20:



"Sobre aquela borboleta que bate suas asas no Leste...
 Sobre aquela borboleta que bate suas asas no Leste...
 ... e causa um furacão no Oeste."

terça-feira, 13 de abril de 2010

EFICIÊNCIA - MORAL DA HISTÓRIA...

"O Arruda conseguiu fazer em quatro anos

 o que o Roriz não conseguiu fazer em doze:
      SER PRESO !!!"

terça-feira, 30 de março de 2010

A VERGONHA - crônica de Luiz Fernando Verissimo sobre o BBB

A Vergonha
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A décima (está indo longe) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 10 é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos.. Gays, lésbicas, heteros... todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 10 é a realidade em busca do IBOPE.

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 10. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do “zoológico”: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados..

Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia.

Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).

Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores )

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.


Luiz Fernando Verissimo

segunda-feira, 29 de março de 2010

Santa inocência...

O Papa, os gaúchos e o argentino.
Em visita ao litoral do Rio Grande do Sul, o Papa foi levado a percorrer algumas praias, onde presenciou uma cena impressionante.

Algumas pessoas gritavam, desesperadas, apontando para o mar.

Forçando a vista, Sua Santidade pode ver um jovem, vestido com a camisa da seleção argentina, lutando desesperadamente contra o ataque de um tubarão.

O pânico era geral, mas três homens vestindo bombacha se aproximaram da água.

Um arremessou um arpão que acertou no corpo do tubarão; o segundo arrancou o argentino ensangüentado de sua enorme boca, enquanto o terceiro abatia a feroz criatura, com vigorosas cacetadas...

Depois de levar o argentino, inconsciente, até a areia, os três gaúchos arrastaram o tubarão até as proximidades de uma camionete e o colocaram na caçamba.

Ainda cansados, os gaúchos foram levados até as proximidades do Papa-Móvel. O Papa, visivelmente emocionado, lhes dirigiu uma bênção especial.

- Caríssimos irmãos brasileiros: a cena que hoje presenciei me ensinou muito acerca da grandeza dos homens, filhos de Deus. Sem considerar a rivalidade que existe entre os brasileiros e argentinos, um gesto nobre, superior e heróico, levou estes abnegados brasileiros a salvar um irmão argentino das garras da morte. É um grande exemplo para a busca da paz entre os homens sempre em conflito!

O Papa se despediu e, enquanto o Papa-Móvel se afastava, um dos gaúchos perguntou aos outros:


- Buenas, qual é a deste velho padreco?


- Mas bah tchê! Deixa de ser atrasado, índio velho, este é o Papa, o Santo Padre, o gaudério que fala direto com o Patrãozito lá de cima. Ele tem a sabedoria divina.

- Barbaridade, sabedoria divina ele pode ter, mas não entende nada de pesca de tubarão.

- Tchê de Deus, cadê a isca ?


- Tá vendo? O argentino fugiu de novo!

Curto e Grosso - Mentalidade política em época de eleição...

quinta-feira, 18 de março de 2010

Vídeo: protesto no Consulado do Brasil em Miami

No dia 26 de fevereiro deste ano um grupo de imigrantes cubanos residentes em Miami (EUA) chamado Asamblea de la Resistencia invadiu o Consulado do Brasil naquela cidade para protestar de forma pacífica contra a política de cumplicidade que o governo Brasileiro vem adotando com relação às violações dos direitos humanos cometidos pelo regime cubano. Tudo isto justamente no mesmo dia em que o presidente Lula chegava à Cuba e em que um dissidente cubano falecia após mais de 80 dias de greve de fome.

Assitam ao vídeo:



Apesar da grande repercussão (negativo) que tal evento poderia ter para a imagem internacional do Brasil, nada foi divulgado na mídia nacional! Se o motivo foi simples complacência da mídia ou algum tipo de censura (como a que foi imposta ao programa de TV CQC após mostrar o "desvio" de uma TV de Plasma que havia sido doada para uma escola pública em SP e, "misteriosamente", acabou indo parar na casa da diretora) não sei dizer. 

Fato é que a cumplicidade de Lula e do governo do Brasil com práticas tão condenadas internacionalmente em nada contribuem para a melhora da imagem de nosso país no cenário internacional! Mesmo tendo uma política de se aproximar dos países subdesenvolvidos em todo o mundo, não se pode fazer política externa a todo custo e passando por cima de princípios como direitos humanos, democracia e, acima de tudo, liberdade! 

Além do grave erro com relação à Cuba, o Brasil nos últimos anos tem sido "cúmplice" de outros regimes políticos deploráveis, como Irã, Sudão e Venezuela, apenas para citar alguns. Tudo em nome da "política de boa vizinhança".

Não se trata de apoiar determinado regime político pela sua relação com os EUA (os quais, apesar do discurso pró Direito Humanos são seus maiores violadores no mundo em locais como Guantánamo e Abu-Ghraib), pelas suas diretrizes políticas ou por ser pobre ou rico. É possível adotar uma política externa independente e autônoma sem fazer vista grossa à atos tão condenáveis.

Se quisermos nos afirmar como Estado Democrático de Direito, não só para a Comunidade Internacional mas para nós, cidadãos brasileiros, o governo não pode e não deve ser complacente com qualquer violação dos direitos fundamentais do ser humano, independentemente de quem seja o culpado. 

Ou será que nos vendemos por tão pouco?!?

LIBERDADE SEMPRE!!!

Luiz Gustavo Aversa Franco
Brasília, DF - 18 de março de 2010

Charge: Aedes animadus

Royaltes do Pré-Sal, dengue, entre outras coisas no Rio de Janeiro:

sexta-feira, 12 de março de 2010

NOTÍCIAS - Corrupção no DF II

Mais uma notícia do CorreioWeb mostra que as irregularidades praticadas pelo governo Arruda já eram práticas do governo Roriz, que agora faz papel de paladino da justiça e da ética em sua tentativa de voltar ao Buriti sobre tapete vermelho. 

Atentem para as datas apresentadas na reportagem, que correspondem ao governo Roriz.

Arruda pode estar preso mas o espectro da corrupção ainda assombrará o DF até as eleições de outubro. Cabe a nós, eleitores, não nos deixarmos enganar e não cometer os mesmos erros do passado novamente! 

FORA RORIZ!!!


Durval faz acordo com a Justiça que pode atingir governo Roriz
 
Agência Brasil
Publicação: 12/03/2010 09:10
 
O ex-secretário Durval Barbosa poderá ampliar o leque de denúncias de corrupção contra o governo local, iniciadas com a revelação de vídeos da suposta arrecadação e pagamento de propina no Distrito Federal. O esquema foi desarticulado pela Polícia Federal (PF) na Operação Caixa de Pandora, no fim do ano passado. As novas acusações podem extrapolar o governo de José Roberto Arruda (sem partido) e alcançar o antecessor, Joaquim Roriz.

É o que sinaliza o Ministério Público do Distrito Federal em ação penal contra Durval Barbosa por fraude em licitação quando ocupava o cargo de diretor-presidente da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) no governo Roriz.

A Agência Brasil teve acesso aos dez volumes do processo 2010.01.1.017372-4, atualmente na 5ª Vara Criminal de Brasília. A ação foi aberta em 26 de janeiro de 2006 contra a diretoria da Codeplan por contrato de prestação de serviço considerado irregular.
No último volume, o Ministério Público reforça a denúncia contra Durval e três ex-diretores da empresa, ressaltando que estão em andamento “tratativas” acerca do alcance da delação premiada oferecida a Durval Barbosa no inquérito da Operação Caixa de Pandora, que corre em segredo no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Designado pelo Ministério Público do DF para atuar na Caixa de Pandora, o promotor Eduardo Gazzinelli Veloso assina a petição protocolada em 24 de fevereiro de 2010. No documento, ele afirma que a operação trouxe à tona “diversos fatos graves ocorridos no âmbito da administração pública local, revelados em função da especial condição de colaborador premiado de Durval Barbosa Rodrigues”. Acrescenta que a “incidência” e o “alcance” da delação premiada estão em discussão.

“Ao se dispor a contribuir com as investigações então levadas a efeito junto ao Inquérito 650, o colaborador se colocou em posição especial segundo a legislação de regência da matéria, em função do que o Ministério Público participa este juízo quanto à existência de tratativas para a aferição da incidência e do alcance do instituto da colaboração premiada”, sustenta o promotor. A denúncia contra a diretoria da Codeplan foi aceita pelo juiz substituto Marcio Evangelista Ferreira da Silva dois dias depois.

Segundo o Ministério Público, a Codeplan fechou um contrato no valor de R$ 649.992,00 anuais com a empresa Xerox para “locação de sistema de impressão e de acabamento pós-impressão, com fornecimento de material” para a folha de pagamento do “complexo administrativo do Governo do Distrito Federal”.

O contrato contemplava a impressão dos 168 mil contracheques dos funcionários dos 93 órgãos da administração pública atendidos pela Codeplan. A vigência era de 12 meses, prorrogáveis por mais 60 meses. Detectadas as irregularidades, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) determinou que não fosse prorrogado.

“A instrução aponta uma série de irregularidades, desde a ausência de cláusulas necessárias, até a existência de contrato casado e prorrogação indevida. Ademais, no seu entender, os critérios de julgamento não estavam suficientemente claros, com parâmetros objetivos para determinar a licitante vencedora”, diz o parecer da procuradora do MP junto ao TCDF, Cláudia Fernanda de Oliveira Pereira, em 2 de abril de 2001.

A decisão, no entanto, não foi cumprida. Em 28 de dezembro de 2001, a Codeplan fez nova contratação. O argumento da empresa era de que a manutenção dos serviços era “absolutamente necessária” para evitar o “colapso administrativo no governo local”.

“Apesar da decisão do TCDF, os denunciados, de modo proposital, não atenderam à recomendação. Assim, de modo doloso, os denunciados permaneceram inertes por mais três meses”, diz a denúncia do Ministério Público.

A Xerox informou que não foi notificada pela Justiça sobre o recebimento da denúncia e, portanto, não vai se manifestar sobre o suposto contrato irregular firmado com a Codeplan.
 
Grifos próprios

terça-feira, 9 de março de 2010

NOTÍCIAS - Corrupção no DF

A reportagem a seguir do Correio Braziliense é prova viva de que o atual escândalo de corrupção que tomou conta do Distrito Federal não foi fruto simplesmente da mente criminosa de Arruda, mas sim continuidade dos esquemas implantados pelo "bom e velho" coronel do cerrado, ninguém mais ninguém menos que Joaquim Roriz. 

Agora, o velho crápula tenta retornar triunfante ao seu velho posto fazendo propaganda política antecipada em rádio e TV! 

 Não repita os mesmos erros do passado! Não vote naqueles que tanto mal já fizeram à esta cidade!

FORA RORIZ!!!
 

Depoimentos e fitas sinalizam que suposto esquema de corrupção teve início na gestão do Roriz


Ana Maria Campos
Publicação: 09/03/2010 07:40 Atualização: 09/03/2010 08:21
 
A colaboração de Durval Barbosa na investigação da Operação Caixa de Pandora tirou do caminho de Joaquim Roriz um forte adversário nas próximas eleições. A força das denúncias de corrupção na administração de José Roberto Arruda, no entanto, virou um transtorno para a campanha do político que governou o Distrito Federal quatro vezes, tendo Durval a seu lado durante quase oito anos. A confissão do aliado de Roriz ao Ministério Público e à Polícia Federal de que arrecadava recursos com empresas prestadoras de serviços para abastecer o governador Arruda e a base aliada é um indício de que o suposto esquema não começou agora.

Nos primeiros depoimentos, Durval Barbosa se restringiu a contar detalhes sobre pagamentos de propinas a integrantes do atual governo, em contratos da gestão Arruda. Mas as fitas que ele mesmo divulgou não deixam dúvidas: existem evidências claras de que a corrupção começou na gestão anterior. Consideradas as imagens mais fortes do escândalo da Caixa de Pandora, as gravações de Arruda, do ex-presidente da Câmara Leonardo Prudente (sem partido), da deputada Eurides Brito (PMDB) e do ex-distrital Júnior Brunelli (PSC) ocorreram no governo anterior. Por isso, a meta dos investigadores agora é conseguir detalhes de irregularidades praticadas por intermediários de Roriz entre 1999 e 2006.

Durval Barbosa e Roriz são alvos de duas ações penais em que se questiona o mesmo assunto tratado agora: corrupção envolvendo empresas de informática que prestam serviços ao governo. Num dos processos, o Ministério Público Federal sustenta que dinheiro da empresa Linknet financiou a compra de urnas eletrônicas usadas para treinar o eleitor a votar em Roriz. Na outra, a acusação é de desvio de R$ 28 milhões das empresas Linknet e Adler para a campanha à reeleição de Roriz em 2002. Curiosamente, o advogado de Roriz na época era o mesmo Nélio Machado que agora defende Arruda.

Com a mesma contundência, ele tentou em 2003 desqualificar as denúncias envolvendo seu cliente. Em 2002, Roriz sofreu turbulências políticas fortes e até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a declarar publicamente acreditar que ele poderia perder o mandato para o petista Geraldo Magela devido a denúncias de uso da máquina na campanha. “Na ocasião, não conhecia a figura nefasta, nebulosa do Durval”, afirma Nélio Machado, que cuidou do andamento da ação penal contra Roriz no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O caso não foi para a frente porque a Câmara Legislativa não deu autorização para a abertura de processo contra Roriz.

As ações penais agora tramitam na 1ª Vara Criminal de Brasília, já que Roriz não tem mais foro especial. O assessor de imprensa de Roriz, Paulo Fona, afirma que as denúncias são velhas e já foram desqualificadas em julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando se discutiu crime eleitoral que teria sido praticado na campanha de 2002. Por quatro votos a dois, os ministros do TSE avaliaram, na ocasião, que não havia provas contra Roriz de uso da máquina e abuso de poder político e econômico nas ações protocoladas pelo Ministério Público Federal e pelo PT.

Discípulos

Nos primeiros depoimentos, Durval Barbosa citou Roriz. Disse que partiu dele a autorização para que a estrutura da Codeplan fosse usada nos interesses eleitorais da campanha de Arruda ao Governo do Distrito Federal. A íntegra do vídeo entregue por Durval ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) durante a fase de delação premiada mostra uma relação próxima entre Arruda e Roriz, na ocasião. No momento em que recebia o maço de dinheiro das mãos de Durval no gabinete da presidência da Codeplan, Arruda atendeu uma ligação de Roriz. No diálogo, ele disse que estava com “saudades” do então governador do DF.

Durval Barbosa também contou que a engenharia jurídica para os contratos com empresas de informática, feitos sem licitação de forma que houvesse liberdade para escolha das prestadoras de serviço, partiu de Benjamin Roriz, pessoa da maior confiança de Joaquim Roriz (1). Em depoimento à Polícia Federal, ele contou que Benjamin — ex-secretário de Governo de Roriz e secretário-adjunto de Relações Institucionais de Arruda — apresentou como solução convênios entre a Codeplan e o Instituto Candango de Solidariedade (ICS) para a realização de contratos. Esse modelo é contestado pelo Ministério Público e foi considerado irregular pela Justiça. Vários contratos resultantes desses convênios renderam ações penais e de improbidade administrativa contra Durval, em tramitação no Tribunal de Justiça do DF.

Entre os investigados na Operação Caixa de Pandora, há integrantes do grupo arrudista que não tiveram destaque na administração Roriz, como o conselheiro Domingos Lamoglia, do Tribunal de Contas do DF, e o jornalista Omézio Pontes, ex-assessor de imprensa de Arruda. Mas há muitos políticos que estiveram ao lado de Roriz, como Leonardo Prudente (sem partido), Eurides Brito (PMDB), Rôney Nemer (PMDB), Benício Tavares (PMDB) e Benedito Domingos (PP), que foi vice de Roriz, entre 1999 e 2002. Júnior Brunelli (PSC), que renunciou por ter recebido dinheiro de Durval e por ser o autor da famosa oração da propina, era cotado para ser candidato ao Senado neste ano na chapa encabeçada por Roriz.

Embora hoje sejam considerados inimigos políticos, Roriz e Arruda já tiveram muitas afinidades. Arruda foi secretário de Obras de Roriz, quando deu início ao projeto de construção do Metrô de Brasília. Em 1998, Arruda disputou eleição ao governo, anunciando uma alternativa a Roriz e ao PT. Perdeu e depois se reaproximou do antigo padrinho. No último governo de Roriz, Arruda, Paulo Octávio, Tadeu Filippelli e Maria de Lourdes Abadia disputaram abertamente o apoio do ex-governador para a campanha ao governo. Com a sinalização de que Roriz apoiaria Abadia, Arruda e Paulo Octávio fecharam uma chapa puro-sangue ao governo. Assim que se tornou governador, Arruda cooptou vários antigos colaboradores de Roriz, como o ex-secretário de Fazenda Valdivino de Oliveira e o presidente do PMDB-DF Tadeu Filippelli.

1 - Recluso
Até 27 de novembro, Joaquim Roriz estava engajado numa campanha política para aumentar o número de filiados do PSC, partido que ingressou depois de deixar o PMDB. Todo final de semana, ele vinha fazendo caravanas nas cidades e recebia aliados em seu escritório político, inaugurado no Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA). Depois que o escândalo veio à tona, ele ficou mais recluso e só falou sobre o assunto no programa do partido na televisão, quando disse: “É tão vergonhoso, tão escandaloso... Fico numa indignação, fico numa vergonha...”
 
Grifos próprios

Luiz Gustavo Aversa Franco
Brasília, DF - 09 de março de 2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

Piada de mal gosto...

Nessas horas vemos que a política é realmente uma palhaçada!!!

Vejam o vídeo abaixo, encontro de José Serra com Arruda (já viu, né?) em 2009:





Não sei dizer o que é pior: a piada ou a simples idéia de um governo encabeçado por Serra e Arruda...

Como eu costumo dizer: sempre pode ser pior!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Frase do dia:

"Status é comprar uma coisa que você não quer, com um dinheiro que você não tem, pra mostrar pra gente que você não gosta, uma pessoa que você não é."

(Autor Desconhecido)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Uma data a ser lembrada...

11 de fevereiro de 2010, quinta-feira. Talvez muitos se esqueçam no futuro do que fizeram neste dia ou o que aconteceu. Eu, porém, me lembrarei por muito tempo ainda (talvez até o fim de meus dias) desta data e do que aconteceu neste dia. Não me esquecerei de quando estava simplesmente acessando o twitter como de praxe e me deparei com uma notícia bastante difícil de se acreditar: o Superior Tribunal de Justiça havia decretado a prisão de Arruda! 

Afinal, onde já se viu político ser preso no Brasil?!? Ainda mais o governador do Distrito Federal?!?

Pois bem, o que mais parecia uma "pegadinha de 1º de abril" era a mais pura verdade. O STJ havia decretado a prisão do governador que havia manchado o nome da capital federal com a tremenda indecência de seus atos. Mas a história não termina aí. Além de ter sua prisão decretada, Arruda foi efetivamente preso e passou o resto do dia nas dependências sob custódia da Polícia Federal! Corrijam-me se estiver errado, mas, como diz o presidente, "nunca na história desse país" um governador de qualquer unidade da federação foi preso, muito menos passou uma noite encarcerado...

Mas, felizmente, a história ainda não terminou: no dia seguinte, o pedido de habeas corpus emitido pela defesa de Arruda foi negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio de Melo. Começava a ser escrita uma nova página na história de Brasília, do Brasil e da política deste país. Em três meses, um escândalo político de grandes proporções estourou, ganhou repercussão nacional (e internacional), mobilizou protestos, gerou grande polêmica (até aqui nada de novo) e seu principal protagonista recebeu o que merecia! Agora os poderosos também pagavam pelos seus atos e não mais estavam fora do alcance da verdadeira justiça!

Há alguns dias atrás (veja a última postagem) expressei profunda vergonha e tristeza em afirmar que Brasília fazia jus a sua alcunha de "reino da corrupção" que ecoa no país afora. Hoje, alegro-me de dizer que estava errado. Hoje, posso contemplar minha cidade como exemplo, como um lugar onde o crime (mesmo aquele cometido pelas mais altas autoridades) é punido e onde a justiça é feita! De hoje em diante, lembrarei a todos com orgulho (talvez até ufanismo) que em minha cidade natal o governador roubou, tentou subornar uma testemunha, foi preso, teve o habeas corpus negado e passou não somente uma noite, mas o carnaval inteiro atrás das grades!

Não sou ingênuo a ponto de acreditar que Arruda passará muito tempo onde está neste exato momento ou de que sofrerá grandes consequências por seus atos. Afinal, ainda estamos no Brasil. E, no Brasil, nenhum criminoso punido (justamente) passa muito tempo atrás das grades. Ainda assim, o simples fato de um governador enfrentando acusações de corrupção ser preso e passar mais de 24 horas na cadeia já representa uma grande mudança!

Se antes temia que Brasília comemorasse seus primeiros 50 anos afogada em seu próprio mar de lama, hoje já vizualizo um futuro diferente, muito mais brilhante e glorioso, não só para Brasília, mas para todo o país. Vejo agora que, no próximo 21 de abril, poderei comemorar feliz o aniversário de minha cidade e dizer que aqui os políticos corruptos são presos e que Brasília não é mais o "reino da corrupção" como um dia foi, mas sim a "capital da esperança" como sempre foi e sempre há de ser!

Devo lembrar que esta vitória não representa o fim desta história, pois "vencemos a batalha, mas não a guerra". Após o carnaval, veremos qual será a decisão do STF a respeito do ex-governador Arruda. A meu ver, é fato que ele não mais poderá continuar no cargo. Resta agora saber quantos dias mais ele passará na cadeia e se os demais culpados, principalmente o atual governador interino Paulo Octávio, terão a mesma sorte...

Não sei quanto tempo ainda me resta, mas não importa quanto o seja, nunca me esquecerei do dia em que o governador foi preso, do dia em que o Ministro do Supremo lhe negou o habeas corpus e que, durante o carnaval de 2010, a mais alta autoridade do DF viu o Sol nascer quadrado...

Como dizia um certo poeta desta cidade:

"Dizia ele 'estou indo pra Brasília, nesse país lugar melhor não há...'"

Luiz Gustavo Aversa Franco
Brasília, DF - 13 de fevereiro de 2010


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A crise política do DF

Como não podia deixar de ser, 2009 foi marcado por vários escândalos políticos. A controvérsia acerca do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes; os escândalos envolvendo o ex-presidente José Sarney e as acusações de corrupção contra a governadora do Rio Grande do Sul são apenas alguns dos mais aparentes. Porém, talvez o pior escândalo de 2009 (que teve inclusive repercussão na mídia internacional) foi a série de denúncias de corrupção contra o governo Arruda no Distrito Federal.

Percebe-se da pequena lista de exemplos acima que, de um modo ou de outro, Brasília acaba sendo palco da maioria dos escândalos políticos no Brasil. Aliás, quem mora em Brasília sabe da fama desta cidade. Basta dizer "sou de Brasília" fora do DF para ouvir todo tipo de piada sem graça como "ah, veio da 'ilha da fantasia'", "é corrupto!", "almoça com o Lula" e por aí vai. Em circunstâncias normais eu, que sou brasiliense nato e não escondo minhas origens, esbravejaria e faria a todos os piadistas de plantão que os corruptos que aqui se encontram vieram de seus estados e estão onde estão por causa de pessoas como eles (os piadistas). Porém, já não tenho mais moral para tal. Fiquei bastante chateado quando me dei conta que, de todos os escândalos em nível regional no Brasil no ano de 2009, o famoso "mensalão do DEM de Brasília" foi sem dúvida o pior de todos.
Realmente, depois dessa o DF merece a alcunha de "reino da corrupção" que nos é dada Brasil afora. Infelizmente a grande corrupção que marcou Brasília em 2009 não vinha da Praça dos Três Poderes, mas sim do Palácio do Buriti. Não se trata de mero discurso ufanista. Ao analisar friamente os fatos dos últimos dois meses, percebe-se o quão grave está a situação da política do DF.

Em primeiro lugar, o "suspeito" em questão não é "réu primário". Muitos provavelmente não se lembram, mas em 2001 o mesmo José Roberto Arruda com sua cara de pau violou o painel eletrônico do Senado. Depois ainda teve coragem de se dizer inocente, de afirmar que havia sido manipulado pelo funesto ACM e, quanto não podia mais fugir da verdade, chorou em rede nacional (com direito a jurar pelos filhos e tudo o mais) e renunciou ao cargo. Em vez de lembrar-se de tudo isso, os próprios eleitores do DF o trouxeram de volta em 2002, como Deputado Federal com maior votação em todo o país (vergonha)! Como se não bastasse, na eleição seguinte, Arruda foi eleito governador sem nem mesmo disputar um segundo turno (vergonha novamente)! Quem somos nós, brasilienses, para falar de Collor, Maluf e companhia?

Além da "ficha" deste "suspeito", as próprias acusações são vergonhosas. Que em tudo que se faz no Brasil alguém sempre leva a sua parte todo mundo já sabe...mas 30%? De absolutamente tudo, de postes a pontes (para quem não sabe, uma das escolas de samba mais famosas do RJ recusou-se a participar das comemorações dos 50 anos de Brasília ao descobrir que teria que dar 30% de seu pagamento pra esta máfia)?!? Aí já é demais... E como se isso não bastasse, o "suspeito" ainda se faz de santo (literalmente!) ao afirmar que perdoa àqueles que o ofenderam e espera ser perdoado. Para completar, o nobre governador tem tamanha estima pela inteligência de seus eleitores que afirmou que as consideráveis propinas que recebeu e foram flagradas em vídeo foram para comprar panetones! Haja óleo de peroba para lustrar tamanha cara de pau...

Porém o mar de lama não está somente na máfia de Arruda, Paulo Octávio e companhia. Quem assistiu aos noticiários do dia 09 de dezembro sabe o que significa o termo "violência desmedida". Curiosamente, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) tem seus próprios "caveiras". Sim, a PMDF conta com o seu próprio Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE)! Porém, no Rio de Janeiro, o BOPE trava operações de guerra no combate ao narcotráfico. No DF, a mesma tropa de elite é usada para pisotear, espancar e brutalizar manifestantes pacíficos que protestam por uma boa causa. Isso sem contar as demais denúncias de violência policial neste e em outros atos de protesto cometidos pro PMs "convencionais". Hugo Chavez deve ter inveja de Arruda...

Além da máfia do Buriti e da PM estilo ditadura militar, o DF ainda se mostrou tão complacente com a corrupção política quanto qualquer estado brasileiro. Há mais de dois meses o "mensalão do DEM-DF" é noticiado e o que aconteceu até agora? Nada! Foram mais de 10 pedidos de impeachment contra Arruda, porém nenhuma das instâncias superiores tomou uma atitude a respeito. Seja na Câmara Legislativa (CLDF) ou no Tribunal de Justiça (TJDFT), os crimes de Arruda continuam impunes!

É sem dúvida muito triste que Brasília, planejada como símbolo da modernidade e do futuro do Brasil, e entoada como "capital da esperança" em seu hino, seja palco de uma história tão brasileira (no pior sentido possível) às vésperas de seu primeiro cinqüentenário. E se o presente já é ruim, pior é o futuro, pois ao que tudo indica as próximas eleições enunciarão o retorno de Joaquim Roriz, um verdadeiro coronel do Cerrado cuja infâmia se assemelha a de típico coronel do sertão.

Sem dúvida, é triste ver uma cidade que nasceu como capital da esperança tornar-se "o reino da corrupção"...



Luiz Gustavo Aversa Franco
Brasília, DF - 04 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

HUMOR - Respostas de alunos...



RESPOSTAS DE ALUNOS INTELIGENTES...

Professor: O que devo fazer para repartir 11 batatas para 7 pessoas?
Aluno: Purê de batata, senhor professor!

Professor:- Joaquim, diga o presente do indicativo do verbo caminhar.
Aluno:- Eu caminho... tu caminhas... ele caminha...
Professor: - Mais depressa!
Aluno :- Nós corremos, vós correis, eles correm!

Professor: "Chovia" que tempo é?
Aluno: É tempo ruim, senhor.

Professor: Quantos corações nós temos?
Aluno: Dois!
Professor: Dois!?
Aluno: Sim, o meu e o seu!

Dois alunos chegam tarde e justificam-se:
- O 1º Aluno diz: Acordei tarde! Sonhei que fui à Polinésia e a viagem
demorou muito.
- O 2º Aluno diz: E eu fui esperá-lo no aeroporto!

Professor: Diga o nome de cinco coisas que contenha leite...
Aluno: Um queijo e quatro vacas.

Um aluno de Direito foi fazer exame oral: O que é uma fraude?
Resposta do aluno: É o que o Professor está fazendo.
O professor muito indignado: Ora essa, explique-se...
O aluno responde: Segundo o Código Penal comete fraude todo aquele que
se aproveita da ignorância do outro para o prejudicar!

PROFESSORA: Maria, aponte no mapa onde fica a América do Norte.
MARIA: Aqui está.
PROFESSORA: Correto. Agora turma, quem descobriu a América?
TURMA: A Maria.

PROFESSORA: Joãozinho, me diga sinceramente, você ora antes de cada refeição?
Joãozinho: Não professora, não preciso... A minha mãe é uma boa cozinheira.

PROFESSORA: Artur, a sua redação "O Meu Cão" é exatamente igual à do
seu irmão. Você copiou?
ARTUR: Não, professora. O cão é que é o mesmo.

PROFESSORA: Bruno, que nome se dá a uma pessoa que continua a falar,
mesmo quando os outros não estão interessados?
BRUNO: Professora

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Um desastre chamado Haiti

Dedico este texto a todos os soldados e civis brasileiros e de todo o mundo que estavam no Haiti, cumprindo seu dever, enquanto ninguém dava o devido reconhecimento...

Antes do fim da primeira quinzena de 2010, uma trágica notícia já tomou conta dos noticiários em todo o mundo: a catástrofe do terremoto do Haiti. De repente, o mundo parou para assistir a catástrofe que assolou o pequeno e (até antes do ocorrido) esquecido país caribenho e o sofrimento de seus cidadãos. Aparentemente a causa dos milhões de haitianos desabrigados, famintos e abandonados tornou-se a causa de toda a humanidade, inclusive dos grandes "líderes" mundiais.

Infelizmente, como o Haiti hoje, grandes catástrofes humanas somem dos noticiários com a mesma rapidez que aparecem. Assim foram os grandes genocídios na África dos anos 1990 e 2000, a grande tsunami que assolou o Sudeste Asiático e a Oceania há alguns anos, apenas para citar alguns casos ilustrativos. Assim como estes casos passados, o Haiti será mais uma vez esquecido, tanto pelos políticos como pelas pessoas comuns, assim que as câmeras de TV se desligarem e os repórteres saírem.

O Haiti já era um desastre muito antes do terremoto. Um Estado muito fraco (ou "falido", como gostam de dizer os intelectuais ocidentais), onde já era antes necessária a presença da ONU para estabilizar e manter a ordem no país na forma da Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas para o Haiti (MINUSTAH). Considerado o país mais pobre de todo o continente americano, o Haiti já tinha infra-estrutura (tanto econômica, quanto política e social) bastante frágil antes dos eventos da semana passada.

Sem dúvida é comovente ver o ímpeto humanitário advindo de todos os cantos do globo em assistência ao Haiti. Vários países até então totalmente ausentes do Haiti já disponibilizaram grandes quantias em dinheiro, soldados, navios, equipamento militar, médicos, doações e tudo o mais que for útil na reconstrução. Celebridades já estão se organizando, promovendo grandes eventos a fim de arrecadar fundos. Porém, fica a pergunta: até quando?

Será que a preocupação das grandes potências, das celebridades e de todos que se apresentam como bons samaritanos agora continuará voltada a este pequeno país do caribe quando a poeira já tiver baixado? Muito provavelmente (e tristemente) não.

Com o tempo os norte-americanos voltarão suas atenções para as eleições parlamentares, para a Guerra Contra o Terror e para outros lugares onde seus verdadeiros interesses estejam, e assim farão os europeus, os chineses e todos os outros. Em aproximadamente seis meses, o Brasil e o mundo estarão eufóricos com mais uma Copa do Mundo, e as câmeras se voltarão para a África do Sul, sem se preocupar com a situação do Haiti. A triste realidade que a história nos ensina é que, com o tempo, tudo volta ao padrão (seja ele qual for).

Muito provavelmente, passada a "febre" do Haiti, as únicas autoridades que discutirão ainda o assunto serão os chefes de Estado dos países componentes da MINUSTAH (em que se destaca o Brasil) e, muito provavelmente, estarão ansiosos para o fim de seu mandado para que seus soldados possam retornar para a casa. Quase certamente, o Haiti será tema da agenda apenas destes 19 países cujos soldados usam os capacetes azuis da Missão e da ONU.

Espero estar enganado, mas provavelmente o Haiti será reconstruído, e não verdadeiramente construído. A grande maioria dos governos que se fazem presentes no Haiti (incluindo o nosso, que até então estava ansioso para retirar seus soldados do país e já anunciou a disposição em dobrar o seu contingente lá presente) não está preocupada em tornar este país estável, com um Estado presente e onde seus cidadãos desfrutem de um mínimo de bem estar. Apenas estão buscando a glória e o prestígio de saírem desta cena como heróis.

Esta glória, entretanto, não há de ser destes oportunistas. Os verdadeiros heróis desta história já não estão mais entre nós para contar a sua história. Foram vitimados pelo evento que proporcionou todo o "espetáculo", cumprindo seu dever quando a grande mídia internacional estava ocupada com outros assuntos. Os verdadeiros heróis literalmente deram sua vida pelo Haiti! Morreram soterrados muito longe de suas casas e de suas famílias quando quase ninguém se importava com o que se passava naquela ilha.

Resta saber se seus nomes serão realmente lembrados, ou se cairão no esquecimento, junto com a situação do pequeno país caribenho, quando a câmera parar de gravar...

Luiz Gustavo Aversa Franco
Brasília, DF - 19 de Janeiro de 2010

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Anos 2000: a verdadeira década perdida

As quatro maiores falências da história aconteceram nos 2000:

1 - Lehman Brothers (financeiro):
US$ 639 BILHÕES

2 - Worldcom (comunicações):
US$ 103 BILHÕES

3 - Enron (energia):
US$ 63,4 BILHÕES

4 - Conseco:
US$ 61,4 BILHÕES

E depois reclaman dos anos 1980...

Fonte: Super Interessante


terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O Homem de R$ 1 Bilhão - Gim Argello

O Homem de R$ 1 Bilhão

Poucos entendem como o ex-corretor de imóveis e hoje senador Gim Argello conseguiu ampliar seu patrimônio em 10 mil vezes em pouco mais de 25 anos

Sérgio Pardellas e Hugo Marques


“Deus queira que um dia aconteça de eu ter R$ 1 bilhão”

Gim Argello, senador (PTB-DF)

Na primeira semana deste mês, o senador Gim Argello (PTB-DF) desembarcou na antessala da Presidência do Senado exibindo um indisfarçável sorriso no rosto. Diante dos olhares de expectativa de parlamentares do PMDB, entre os quais os senadores Renan Calheiros (AL) e Wellington Salgado (MG), Argello justificou tamanha felicidade: “Alcancei meu primeiro bilhão de reais”, disparou, para a surpresa dos colegas. Aos 47 anos, Argello personifica o milagre de Brasília. A capital federal não possui indústrias, grandes multinacionais nem de longe é o coração econômico do País. Mas é uma cidade onde as pessoas usam a proximidade com o poder como trampolim para o mundo dos grandes negócios. Esse é o caso do senador do PTB, que, depois do escândalo do mensalão do DEM, desponta entre os prováveis candidatos ao governo do Distrito Federal em 2010. À ISTOÉ, em entrevista rápida, Argello nega o que vem afirmando aos colegas senadores. Argello iniciou a carreira empresarial há 25 anos, como corretor de imóveis. Tinha um patrimônio que não chegava aos R$ 100 mil, ou seja, 10 mil vezes inferior ao que ele anda alardeando pelos corredores do Senado. Graças à bem-sucedida atividade de corretagem, ele conseguiu multiplicar seus bens por três em menos de uma década. Mas foi com a política que viu seu patrimônio crescer de forma meteórica. Desde que foi eleito deputado distrital pela primeira vez em 1998, Argello não parou de acumular bens. Em 2006, o parlamentar declarou à Justiça Eleitoral patrimônio que somava R$ 805.625,09. Mas só a sua casa de 872 metros quadrados, na Península dos Ministros, área mais nobre de Brasília, localizada próxima à residência do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), está avaliada em R$ 5 milhões. Segundo apurou ISTOÉ, o senador do PTB também é proprietário de rádios, jornais e uma franquia da Empresa dos Correios e Telégrafos Setor Comercial Sul (SCS). Dona de uma extensa carteira de clientes, a agência dos Correios, de acordo com especialistas do setor, ostenta um faturamento anual de cerca de R$ 100 milhões, o mais alto entre as 27 franquias da ECT no Distrito Federal.

A maioria das empresas que Argello controla está registrada no nome de parentes e assessores. Desde 2007, por exemplo, há registros na Junta Comercial de sociedade de um de seus filhos, Jorge Affonso Argello Júnior, nas empresas Grid Pneus e Garantia Pneus e Serviços Automotivos. O capital integralizado da Grid é de R$ 1,6 milhão, e o da Garantia, de R$ 2,8 milhões. A Gris, segundo Argello, já teria sido vendida por Jorge Affonso. Em 2007, ele desembarcou no Senado timidamente, como suplente de Joaquim Roriz , que renunciou ao mandato. Em pouco tempo conquistou a confiança de Calheiros e Sarney. Num atestado de força política, o petebista emplacou o assessor técnico de seu gabinete parlamentar, Ivo Borges, numa das cinco diretorias da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Como líder da bancada do PTB, com sete votos decisivos para o governo no Senado, Argello também se aproximou da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a quem costuma chamar de “chefa”. A amizade com Dilma foi conquistada durante caminhadas matinais ao lado da ministra, que mora no mesmo bairro do senador. Argello orientou seu jardineiro a avisá-lo sempre que Dilma se preparava para caminhar. Quando ela despontava no horizonte, Argello começava sua sessão de alongamentos, que só terminava quando Dilma cruzava com ele.
O rápido enriquecimento de Argello também lhe rendeu pendências na Justiça. Ele responde a processo no STF por lavagem de dinheiro, crimes contra o patrimônio, apropriação indébita, ocultação de bens, peculato e corrupção passiva. O processo tramita em segredo de Justiça, e não se conhece em detalhes o teor da acusação sobre operações financeiras que Argello não conseguiu identificar. O senador do PTB também foi acusado de envolvimento num esquema de mudança de destinação de lotes na Câmara Distrital. Pelo esquema, áreas rurais desvalorizadas são transformadas em áreas residenciais e áreas para restaurantes viram disputados lotes para postos de gasolina. Esse esquema também teria funcionado nos condomínios de Brasília, pendentes de legalização. A empresária Rosa Lia Fenelon revelou à ISTOÉ que Argello exigiu 100 terrenos em sua propriedade, o Condomínio Pousada das Andorinhas, para legalizar toda a área na Câmara Legislativa, à época em que era deputado distrital. “Tive de passar 100 lotes para pessoas indicadas por Argello. Fui extorquida”, acusa Rosa. Quando procurada por Argello, em 2001, Rosa estava vendendo os terrenos a R$ 30 mil cada um. Hoje, é impossível comprar um lote por menos de R$ 300 mil na região. Rosa afirma que todos os terrenos foram entregues a assessores e parentes do senador. “A gente não consegue legalizar nada em Brasília se não for através da corrupção”, lamenta, explicando que Argello foi pessoalmente à sua casa para cobrar o dízimo. O senador desmente as acusações e diz que nunca fez negócios com Rosa e nunca autorizou ninguém a falar em nome dele com a empresária. Sobre seu suposto patrimônio bilionário, desconversa. “Deus queira que isso um dia aconteça”.

Fonte: Istoé