sábado, 15 de outubro de 2011

15 de outubro - Dia do Professor

"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."
Cora Coralina

Parabéns professores pelo seu dia!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Aos loucos...

“Here’s to the crazy ones. The misfits. The rebels. The troublemakers. The round pegs in the square holes. The ones who see things differently. They’re not fond of rules, and they have no respect for the status quo. You can quote them, disagree with them, glorify and vilify them. About the only thing you can’t do is ignore them because they change things. They push the human race forward. And while some may see them as crazy, we see genius. Because the people who are crazy enough to think they can change the world, are the ones who do.”

Steve Jobs (1955 - 2011)

Tradução:
Está é para os loucos. Os desajustados. Os rebeledes. Os desordeiros. Os pinos redondos em buracos quadrados. Os que vem as coisas diferentemente. Eles não gostam de regras e não têm respeito pelo status quo. Você pode citá-los, descordar deles, glorificá-los ou vilipendiá-los. A única coisa que você não pode fazer é ignorá-los, porque eles mudam as coisas. Eles levam a raça humana à frente. E enquanto alguns podem vê-los como loucos, nos os vemos como gênios. Porque só as pessoas loucas o suficiente para pensar diferente podem mudar o mundo, e são as que o fazem.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Humor politicamente correto: o caso Rafinha Bastos

"No Brasil implica-se demais com o politicamente incorreto, quando se deveria preocupar com a falta de correção dos políticos"

"No Brasil políticos não são afastados. Humoristas são."
 Marcos Piangers

Verdade seja dita: é extremamente difícil achar um bom programa de humor hoje em dia! Nos meios de comunicação convencionais (rádio e TV) então nem se fala! As vezes me parece que isto se deve por falta de talento dos humoristas de hoje em dia, mas também vejo outro motivo que tem pouco haver com quem produz o humor e sim com quem o consome. Ou melhor, com quem o vigia. Sim, porque hoje preocupa-se mais com que os programas de humor dizem no rádio ou na TV do que com o que os políticos fazem no Congresso Nacional. 

É o tal do humor "politicamente correto", a maior viadagem chatisse dos últimos tempos. Hoje em dia não se pode mais fazer piada com nada. Tudo é racismo, machismo, sexismo, preconceito (de A a Z), bullying, que seja. Pra todo tipo de piada que se faz hoje em dia existe uma nomenclatura para desclassificá-la como "politicamente incorreta". E essa vigilância politicamente correta tornou o humor de hoje em dia mais insoso e sem gosto que cerveja sem álcool! 

E claro, os alvos dessa vigilância são os bons humoristas, os quais "coincidentemente" são aqueles que não têm papas na língua pra falar dos males e hipocrisias da sociedade e têm colhões suficientes pra botar o dedo nas feridas da mesma. E semana passada os cuzões defensores desta bagaça fizeram mais uma vítima: o apresentador de TV Rafinha Bastos, integrante (pelo menos até semana passada) do CQC.

Rafinha Bastos, dos programas "CQC" e "A Liga"
Rafinha é conhecido por seu humor ácido e pouco delicado, o que já é motivo pra ficar na mira dos paladinos do humor politicamente correto. Quem já assistiu o CQC mais de três vezes já percebeu que ninguém escapa de suas piadas. Seus alvos preferidos são o Corinthians (por que será, né gente?!?) e as mulheres. No programa transmitido na semana passada, após a cantora Wanessa Camargo ter sido entrevistada em um dos quadros, Rafinha, membro da bancada do programa junto com Marcelo Tás e Marco Luque, simplesmente disse "eu comeria" e, quando ouviu que ela estava grávida complementou "comeria ela e o bebê". Resultado? Rafinha foi afastado do programa pela Band por tempo indeterminado. As últimas notícias que vi sobre o assunto já falavam de audiências sendo realizadas para encontrar um substituto para o seu lugar. Como diria o ex-presidente Lula, "nunca na história desse país", uma piada custou tão caro para o piadista...


Não sou nenhum fã do humorista em questão (apesar de admirar o seu estilo), não o considero melhor que ninguém, mas fiquei realmente puto revoltado com o ocorrido! O quê que está havendo? Voltamos aos tempos do absolutismo, quando o rei todo-poderoso mandava arrancar a língua do bobo da corte se não gostasse da piada?!? Porque é o que parece...

Queria ver se fosse com a sua família algum otário chato vai me perguntar, com toda a certeza. Se fosse minha família a "ofendida", eu tomaria providências LEGAIS para resolver a questão. Leia-se, a abertura de um processo por danos morais ou o quê quer que seja. De qualquer forma, não caberia a mim dizer à Band o que fazer com o cara no CQC ou onde quer que fosse.

Acontece que não foi com a minha família, e, até onde eu sei, o marido da tal Wanessa tem a pica grossa as costas quentes o suficiente para puxar o tapete do Rafinha pela piada feita. Só faltou o filha da puta "ofendido" pedir a cabeça do Rafinha numa bandeja de prata...

Agora eu pergunto: qual é o problema?!? Pô, se a mulher, o marido, o bispo, quem diabos seja tenha realmente se sentido ofendido com a piada do cara, que se entenda com ELE! Agora usar de influência pessoal pra prejudicar o trabalho do cara é, no mínimo, um baita de um golpe baixo! Imagina se os políticos começarem a usar a mesma tática...

O que mais me irrita nessa história toda é o tratamento dispensado ao Rafinha, que está sendo punido como se tivesse comedido um crime! Enquanto isso, políticos e mesmo apresentadores de emissoras de maior prestígio fazem coisa muito pior no rádio e na TV e não recebem nem uma nota de repúdio! Basta lembrar do babaca ilustríssimo Deputado Jair Bolsonaro, uma pessoa pública, que vomitou declarações racistas, homofóbicas e preconceituosas em um quadro do próprio CQC e nada lhe aconteceu...

Não vou nem comentar a postura dos próprios membros do CQC, os quais deram um grande exemplo de falta de companheirismo e de total ausência de camaradagem no programa de ontem, fazendo piadinhas péssimas pra "dar ao troco" em Rafinha. E depois ficam falando do povo na rua, dos políticos e etc. Grandes bosta coisa, ein!

Enfim, pra resumir o meu ponto: é esse o país em que vivemos, onde um humorista é veementemente punido por falar o que pensa enquanto os "representantes do povo" nos fodem enganam impunemente e as autoridades e a sociedade não prestam atenção no que realmente importa porque estão ocupados demais patrulhando o que se passa no rádio e na TV.

E se você que está lendo isso acha que eu sou "irresponsável" e que eu deveria ser punido por dizer o que penso igual ao Rafinha, só lhe digo uma coisa:

VÁ PRA P.Q.P., LEIA O QUE VOCÊ QUISER LER EM OUTRO BLOG E NÃO ENCHE O MEU SACO!!!

E que um dia possamos viver num país onde "liberdade de expressão" seja uma realidade e não apenas um conceito abstrato... 

Paths of Hate

Paths of Hate (Caminhos do Ódio) é uma animação polonesa dirigida por Damian Nenow  que ganhou o prêmio de melhor filme no Festival Anima Mundi 2011 e, na minha humilde opinião pessoal, um dos melhores curta metragens que eu já vi (tanto no estilo quanto no conteúdo). 

O vídeo tem aproximadamente 10 minutos e vale a pena conferir:

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Relatos do Dia do Metal

O Rock In Rio, o maior festival de música da América Latina e um dos maiores do mundo, é para os roqueiros o que a Batalha de Stalingrado é para os russos: simplesmente o evento de maior impacto para a história contemporânea da nação. Ou pelo menos ERA assim...

Qualquer fã de rock no Brasil cresce ouvindo os relatos das perfomances heróicas de seus ídolos nas três edições anteriores do festival. Assistir um show como o mítico show do Iron Maiden no RiR 2001 (lançado em CD e DVD inclusive) torna-se um sonho. 

A história da última edição é parecida, pelo menos para mim. O RiR 2011 foi, para mim, uma sucessão de grandes expectativas, enormes frustrações e superação final. Quando se anunciou a realização da edição 2011 no Rio de Janeiro meu primeiro pensamento foi "putz, eu tenho que ir!", e as primeiras confirmações (Metallica, Red Hot Chili Peppers) só me animaram ainda mais! Porém, quando tempos depois começaram a surgir os podres do festival (porque um festival de música com a palavra ROCK no nome anunciar Katy Perry, Rihana, Cláudia Leite e Ivete Sangalo como atrações principais é, no mínimo, vergonhoso!) a decepção foi imensa! Daquelas em que se pensa "PQP, que m. é essa?!?". Quando o line-up foi fechado então, a sensação só aumentou. Dos sete dias de festival apenas TRÊS tinham uma programação realmente Rock N' Roll! Mesmo os outros dias contando com nomes de peso como Elton John e Stevie Wonder (que são excelentes músicos, mas não são roqueiros) a programação do festival como um tudo ficou bem aquém das expectativas de quem esperava algo próximo ao RiR original de 85.

Mas tudo bem. O ingresso já estava comprado. Vamos aproveitar o que der, certo?

E lá fui eu pro Rio de Janeiro apenas para o Dia do Metal (25 de setembro, domingo passado), ver um pouco de Rock N' Roll de verdade...

A primeira banda a tocar no Palco Mundo (palco principal da Cidade do Rock) foi a brasileira Gloria, para a qual eu tenho apenas duas palavras: GRANDE BOSTA! Uma mistura bizarra de NX Zero com Massacration, o grupo tocava algo parecido com Débil Metal (música que os Mamonas fizeram pra zoar o Sepultura - que apesar de ser de longe a maior banda brasileira de Heavy Metal ficou relegada do Palco Sunset como atração secundária). Como bem descrito pelo amigo que me acompanhava, os caras pareciam emos brincando de tocar metal. Ridículo! Típico de gente que acha que basta xingar e gritar no microfone e tocar um som pesado pra ser heavy metal. Não valia a pena nem como música de fundo...

O segundo show, da banda Coheed And Cambria, acompanhei à distância (depois da m. que veio antes também, né?). Esses caras, os quais eu realmente nunca tinha escutado ou ouvido falar, mandaram muito melhor que seus antecessores. Não vou dizer que foi um "baita show", até porque não os assisti direito, mas claramente era um som de respeito. O ponto alto para mim foi quando tocaram The Trooper (do Iron Maiden), com qualidade e fidelidade boas. Não virei fã, mas ganharam meu respeito...

Foi só no terceiro show que a "festa" realmente começou pra mim. Ver o rosto de Lemmy Kilmister (ou simplesmente "Deus" segundo muitos metaleiros) no telão e escutar sua voz gutural no microfone fizeram meus pelos arrepiar logo de cara! Começava o show do Motörhead, a banda mais barulhenta do mundo! Lemmy mostrou porque é considerado uma divindade no mundo do Rock e o trio como um todo mostrou como se faz um som extremamente pesado e de qualidade com apenas um baixo, uma guitarra e uma bateria. O solo de bateria de Lucas Fox foi um espetáculo aparte. Depois de tocarem Going To Brazil, música composta especialmente para nós, fãs brazucas, os três fecharam com chave de ouro tocando seus dois maiores sucessos: Ace Of Spades e Overkill. Simplesmente sensacional...







Passado este momento glorioso, veio a hora do Slipknot, uma banda norte-americana da qual já ouvira falar antes mas nunca ouvira decentemente. A entrada deles em si já foi marcante, afinal de contas os caras usam máscaras sinistras e macacões laranjas, mais parecendo vilões dos últimos filmes do Batman que uma banda de Rock. Confesso que o som deles não faz o meu estilo (acho o vocal muito gritante e o som demasiadamente "estilizado", fazendo com que os efeitos sonoros as vezes sobrepujem os instrumentos), mas uma coisa tenho de confessar: esses caras sabem agitar uma platéia! Acho que foi o show no qual as pessoas mais pularam, fizeram rodinhas e etc. É o tipo de show que jamais poderia ser feito na prisão, correndo o risco de eclodir uma mega rebelião. Surpreendente, muito bom mesmo...









No fim da noite, já de madrugada, chegava o momento que todos esperavam: Metallica! Se os dois shows anteriores já tinham me aquecido o Metallica me fez explodir. Me faltam palavras para descrever o que é ver esses quatro magos do metal tocando ao vivo. Quando eles tocaram hits como Ride The Lightning, One e Master Of Puppets então a multidão ia ao delírio (eu inclusive)! Sem dúvida o ponto alto foi Enter Sandman. Foi por pouco que minha voz não se perdeu totalmente quando tocaram essa música. Simplesmente sensacional, literalmente do c., um show inesquecível...



Esse foi o Dia do Metal, talvez um dos melhores shows de Heavy Metal já vistos no Brasil (comparável somente ao Dia do Metal de 85, talvez). Assistir a estes três shows escrotíssimos surpreendentes é algo que eu realmente nunca vou me esquecer. E mesmo que o RiR 2011 entre para a história como o RiR menos Rock da história do festival, com certeza também será lembrado pelas performances espetaculares de Motörhead e Metallica e de como estes deuses do metal destruíram a Cidade do Rock com seu som pesado! Jamais me esquecerei desse dia, e, no futuro, com certeza olharei para ele com orgulho e direi "eu estava lá"...

Mas se você, caro leitor bundão, não assisistiu a este momento épico para ver o primeiro dia do festival, ou como gosto de chamá-lo, o Pop In Rio, tenho apenas uma coisa para lhe dizer: PERDEU!!!

Vida longa ao bom e velho Rock N' Roll!!!
Lemmy é Deus!!!
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