sábado, 26 de junho de 2010

Rússia: Eterna Arqui-Inimiga do Ocidente - Parte I: retratos da Rússia na indústria cultural ocidental


 Esta é uma nova série de postagens do ESPAÇO LIVRE dedicada à examinar a visão  que se tem da Rússia no Ocidente, em especial nos EUA e na União Européia e como este fenômeno tem afetado as relações destes países com a Rússia.
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No jogo de tiro em primeira pessoa Call of Duty: Modern Warfare (Infiniti Ward/Activison, 2008) a geopolítica mundial apresenta um grau consideravelmente mais tenso que o atual (se é que isto é possível), quando fuzileiros navais norte-americanos invadem um país na região do Golfo Persíco (cujo nome não é mencionado) onde um golpe de Estado resulta na execução do presidente e na tomada do poder por radicais com discurso claramente anti-ocidental (qualquer semelhança com fatos da realidade é mera coincidência...). A invasão dos marines é freada quando um artefato nuclear (em bom português, uma bomba atômica) é detonada na capital do país, matando dezenas de milhares de militares dos EUA. A origem do artefato? Material nuclear russo extraído das ruínas de Chernobyl por lideranças ultra-nacionalistas daquele país. Mas isso é apenas o começo. Em meio à trama, na qual tropas SAS britânicas aos poucos desvendam a verdade por trás de tudo e vão atrás dos responsáveis, os mesmos ultra-nacionalistas russos assumem o controle de um silo de mísseis balísticos, lançando dois mísseis (cada um armado com seis ogivas nucleares) em direção à costa leste dos EUA. O resto é simplesmente enredo de jogos de ação.

No filme Homem de Ferro 2 (EUA, 2010), o empresário Tony Stark, conhecido mundialmente como o Homem de Ferro graças ao seu traje de alta tecnologia, finalmente encontra um adversário à altura, o físico russo Ivan Vancko. Este indivíduo ao mesmo tempo genial e diabólico tem como único objetivo destuir Stark e seu legado. Para esse fim, Vancko consegue replicar a tecnologia do Homem de Ferro e (o que é pior) aperfeiçoá-la. Um único confronto entre "mocinho" e "bandido" é o suficiente para alarmar o governo norte-americano com a possibilidade de que tal tecnologia caia nas mãos erradas e ameace a sua segurança nacional. O resto é mais uma trama de filmes de ação baseados em historias em quadrinhos.
No seriado 24 Horas - sabiamente considerado por muitos críticos a maior expressão da mentalidade norte-americana pós-11 de setembro - o agende federal Jack Bauer se depara com situações em que a segurança dos EUA e de seus cidadãos é ameaçada por todos os tipos de inimigos implacáveis. Os tipos favoritos incluem os já esperados terroristas radicais islâmicos e outros inimigos de nacionalidade russa, como ex-militares soviéticos e separatistas. Quase sempre estes inimigos são guiados por sentimentos de vingança contra os EUA pelo que foi feito a seus países. O resto é televisão.

O que todos estes produtos da indústria cultural norte-americana têm em comum? 

Todos sabem que os norte-americanos costumam retratar seus inimigos (ou ao menos aqueles a quem eles encaram como inimigos) como vilões de seus filmes, séries de televisão e outras produções culturais. Isto não é novidade, visto que antes mesmo da Guerra Fria já se percebia tal fenômeno. Qual a explicação lógica, então, para a fixação atual com os russos?

Um olhar mais atento ao primeiro parágrafo já permite uma pista. Em 2008, um conflito militar de grandes proporções envolvendo a gigante Rússia e a anã Georgia tomou conta dos noticiários em agosto. Tal fenômeno simplesmente chocou o Ocidente. Tratava-se da maior investida militar russa desde a invasão do Afeganistão pela extinta União Soviética nos anos 1980. Por trás  de toda a diplomacia e toda a política que se deu no momento estava uma mensagem quase subliminar dos russos direcionada ao Ocidente, em especial aos EUA e a seus aliados europeus da OTAN: não mexam com a Rússia!
Este é o mais recente capítulo de uma novela de medo e desconfiança dos russos por parte dos povos do Ocidente cujo começo, difetentemente do que possa aparentar, se encontra muito antes da Guerra Fria ou mesmo da ocorrência da Revolução Russa de 1917. 

O fato é que os Russos tiveram sua paciência esgotada em 2008 ao ver a Georgia, uma minúscula ex-república soviética rica em gás natural do Cáucaso, flertar com o poder ocidental após iniciar seu processo de admissão à Aliança Atlântica liderada pelos EUA. Com sua manobra militar, a Rússia deixou claro ao Ocidente que, mesmo depois das crises enfrentadas após o fim da URSS, a Rússia continua um ator político internacional de peso global, capaz de rivalizar com os EUA, especialmente quando sua esfera de influência mais próxima é ameaçada. 

Será este o prelúdio de uma "nova Guerra Fria"? E o que nós brasileiros temos a ver com isso tudo? 

A resposta, ou melhor, as "pistas", virão nas próximas postagens neste espaço...

Luiz Gustavo Aversa Franco
Brasília, DF - 26 de junho de 2010

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Torcer pelo Brasil

Uma reflexão oportuna para o clima de Copa do Mundo:

"Torcer pelo Brasil é muito mais que beber todas em jogos da Seleção Brasileira. Torcer pelo Brasil é:

- Respeitar o vizinho
- Votar com responsabilidade e sem segundos interesses
- Não querer levar vantagem em tudo
Não seria muito mais importante mostrarmos o patriotismo na época das eleições? Pense nisso."

(Paulo Prieto - Brasília - DF)



Vamos torcer pelo Brasil? Então seja um bom cidadão, um torcedor elouqüente e um eleitor consciente! 

Torça pelo Brasil com a cabeça e com o coração! Seja crítico na hora de ser crítico, orgulhe-se na hora de se orgulhar!

E quando a seleção canarinho entrar em campo, não se envergonhe de entoar o Hino Nacional a plenos pulmões, não se envergonhe de se emocionar ao fazê-lo e seja sincero ao gritar "eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor"!

Mas não guarde esse sentimento para a Copa do Mundo ou para datas especiais somente. Mostre o amor por seu país, por sua bandeira e por seu hino todos os dias!

PARA A FRENTE BRASIL!!! 

terça-feira, 22 de junho de 2010

Um Sábado Qualquer - Como (não) chegar à paz 2


Melhor explicação pra questão do Irã impossível...

Observação: Alguém ainda duvida que os EUA estão preparando uma ofensiva para o Irã? Esperem e verão... 

*Não consegui ajustar a visualização do blog. Para ver a charge inteira, clique na figura.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Piada internacional do dia

Piada que ouvi de minha colega Isabela Garcia:

A ONU resolveu fazer uma grande pesquisa mundial. A pergunta era: "Por favor, diga honestamente, qual sua opinião sobre a escassez de alimentos no resto do mundo".

O resultado foi desastroso. Um total fracasso.

Os europeus não entenderam o que é "escassez".
Os africanos não sabiam o que era "alimento".
Os argentinos não sabiam o significado de "por favor".
Os norte-americanos perguntaram o significado de "o resto do mundo".
Os cubanos estranharam e pediram maiores explicações sobre "opinião".
E o congresso brasileiro ainda está debatendo sobre o que é "honestidade".